domingo, 27 de abril de 2008

RADICALIZAR NÃO É PRECISO


Há poucos dias, li na internet e depois em jornal impresso, um artigo assinado pela arquiteta Josevita Tapety, intitulado “Capital da fé ou do desespero?, sobre as questões de responsabilidade social em Oeiras, a partir de uma reflexão sobre o suicídio.

Na verdade, o suicídio em Oeiras é um problema social que precisa ser coletivamente refletido, já que temos grandes índices de depressivos e pessoas com transtornos mentais.

Acredito que nenhum segmento da sociedade está alheio a essa questão e muito tem sido feito, por aqueles que vivem e convivem com o povo oeirense, no dia-a-dia. Projetos em escolas, ajudas de grupos sociais, projetos da municipalidade e ações de fundações e ONGS.

Ao ler, fiquei perplexo com tamanho radicalismo da articulista, pois para quem não vive o dia-a-dia da cidade, Oeiras é um campo de acovardamento social e moral, é como se aqui nada fosse feito no campo social. O que não é verdade!

Diferentemente do artigo da arquiteta, vou comentar várias ações pertinentes e louváveis que merecem nosso respeito e, ajudam sim, na melhoria das condições de vida de nossos jovens.

O grupo de Santo Antônio é composto por senhoras que desenvolvem ações com jovens grávidas das zonas periféricas da cidade. Na sede do grupo, elas ajudam a confeccionar seus próprios enxovais, assistem a palestras na área da saúde e espiritualidade. Essa ação foi matéria de destaque na extinta Revista Viva Oeiras, editada pela amiga Josevita, onde a presidente do grupo, era colocada como exemplo de atitude e responsabilidade social.

A Prefeitura Municipal de Oeiras em parceria com a Fundação Banco do Brasil, mantêm um projeto social, chamado AABB Comunidade que acontece no bairro Várzea com oitenta crianças, onde aulas de música, dança, artesanato, reforço escolar e natação são oferecidos no horário oposto a aula, para que não fiquem sujeitas a marginalidade.

No último final de semana, a Prefeitura Municipal de Oeiras, através da Secretaria de Educação do Município, inaugurou no Bairro Canela, uma casa de atividades sócio educativas, chamada Casa das Atitudes, onde monitores de capoeira, balé, teatro, hip hop e música, ministraram aulas para os já matriculados quatrocentos jovens daquele bairro carente.

O Centro de Atenção Psicosocial (CAPS) de Oeiras, é referência em nível de Piauí, no tratamento de pessoas com transtorno mental, com psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, artesãos, educadores físicos e uma estrutura adequada.Hoje quem convive de perto com pessoas depressivas e transtornadas em Oeiras, sabe da importância do trabalho daquele grupo de profissionais em nossa cidade.

Na Praça das Vitórias, um projeto de incentivo á leitura e inclusão digital é uma realidade na Primeira capital, onde mais de cem jovens por turno, buscam conhecimento na Biblioteca Pública de Oeiras e no Telecentro da Casa de Cultura Solar das 12 Janelas.

O Campus Universitário Professor Possidônio Queiroz, é ambiente democrático de ensino superior, exemplo vivo da interiorização do ensino e inclusão de nossos jovens no mundo acadêmico.

No alto do Rosário, o Ponto de Cultura Quilombo do Rosário, desenvolve ações culturais com adolescentes afro descendentes, como o Grupo de Percussão e o Grupo Conguinhos de Oeiras, atrações no ultimo Festival de Cultura da cidade.

No bairro Oeiras Nova/ Jureminha, a Fundação Dom Edilberto, possue centro de formação, com vasta programação de capacitações e cursos que atendem não só a população daquela área, mas pessoas dos diferentes bairros.

A Prefeitura naquele bairro, inaugurou no ultimo mês de junho, um centro de saúde com estrutura física e humana da qualidade de clínicas particulares, para atender gratuitamente aquela comunidade, sobretudo os jovens.

Por fim, nenhuma obra caracteriza mais a preocupação da municipalidade com nossos jovens, que a Construção da Escola Municipal Juarez Tapety, uma escola com estrutura digna das maiores escolas privadas do nordeste, com um trabalho diferenciado, grupo de professores todos licenciados, psicopedagogos, biblioteca interna, auditório e um ginásio esportivo.

Assim, gostaria de prestar minha homenagem a todos os profissionais envolvidos nessa teia de ações sociais em prol de uma oeiras melhor. Educadores que em cada canto dessa terra, constroem as sementes que acreditamos brotar.

Por todo isso, acreditamos ser oeiras a capital da fé sim, pois da fé é que brota forças para a caminhada árdua contra as diferenças sociais, que não é privilégio de Oeiras, afinal de contas não estamos na Eslovênia,mas sim, no nordeste brasileiro.

Generalizar que todos nós oeirenses temos baixa auto- estima?

Não concordo, basta conhecer o presidente do Grupo Raízes do Brasil, conhecido em Oeiras carinhosamente como Marquito. Acometido de uma rara doença na medula, hoje se encontra em cadeira de rodas e mesmo assim, comanda um grupo de mais cinqüenta crianças na arte da capoeira. Marquito é um oeirense de fibra, tem auto- estima e fé e ajuda jovens de nossa cidade a acreditarem neles mesmos.

Mas, muito ainda precisa ser feito, com associação de todos os segmentos da sociedade, do poder público e das ongs, bem como de todos aqueles que acreditam amar Oeiras.



Stefano Ferreira
Professor e Jornalista
Secretário de Cultura de Oeiras

6 comentários:

Anónimo disse...

0 (ZERO) COMENTÁRIOS?!!! SEM CORAGEM DE MOSTRAR OS COMENTÁRIOS FEITOS AQUI, NÉ, JORNALISTA?!
LA-MEN-TÁ-VEL!!!

Anónimo disse...

Um bom jornalista não pode dar ouvidos a um comentário de um "ANÔNIMO".
nÃO ACHA QUE É MAIS LAMENTÁVEL ALGUÉM QUE NÃO TEM CORAGEM DE ASSUMIR O QUE DIZ?
Assuma-se!

Anónimo disse...

Stefano, não esqueçamos da Escolinha de Futebol de um dos maiores ícones do esporte oeirense, Osmarildo. Lá ele desempenha um ótimo trabalho, encaminhando jovens talentosos para diversos clubes do Brasil.

Anónimo disse...

"Zero comentários????? "
Fanim, podia ensinar a ele que zero no português merece singular. Exemplos: zero ponto,zero comnetário,zero grau.

Além de anônimo, estúpido!!!!!
KKKKKk

abços

Gustavo

Anónimo disse...

Caro Stefano,
Li os dois textos. A resposta é essa aí: TRABALHO e DEDICAÇÃO. Generalizações são perigosas e errôneas. Mas raciocinar e perceber as diferenças não é para todos, infelizmente.
O título CAPITAL DA FÉ pode ser entendido de várias maneiras. Feliz o povo que tem FÉ, pois sem ela, realmente, nada faz sentido. E nós, OEIRENSES de verdade, temos muita FÉ.
A vida é um dom preciosíssimo. Baixa auto-estima é motivo para pôr fim à vida? TODOS estamos com a auto-estima baixa?
São muitas as questões. E diversas as soluções para cada problema, como as ações sociais citadas no seu texto. TRABALHO, repito, é a resposta.
Um grande abraço.
Sânia Mary Mendes Mesquita de Sousa Santos - OEIRENSE COM MUITA FÉ

Anónimo disse...

caro "anônimo"

o a cor da chita, publica comentários pertinetes, críticos,sem agressões pessoais e de pessoas que se identificam.
Com certeza vc deve ser alguém frustrado com questões de intelctualidade.
Coisa que so tenho que lametar.
Tenho muita pena de pessoas frustradas e recalcadas.
Assuma-se!